terça-feira, 31 de julho de 2012

Não se pode fugir ao que se é

Há gente que gosta de fazer praia saudável.
E há gente que gosta mesmo é de praia.
Foram só 2 anos, mas souberam a muitos mais.
Obriguem-me a sair da praia por volta das 12h, para depois voltar depois das 17h, e estragam-me o dia de praia. Já não é um dia de praia, mas sim um dia em que fui à praia, o que, como se sabe, não é nada a mesma coisa.
Este ano resolvemos deixar-nos de coisas, bolas, que já não são nenhuns bebézinhos de colo (que eram, efectivamente, um em 2010 e a outra em 2011) e ficamos na praia como deve ser: o dia todo.
Levamos muita sombra (temos uma mega tenda e 2 guarda-sol) de onde nao saem nas horas de calor, só tiram as t-shirts lá para as 18h, sempre de chapéu e protector 50. Levamos também comida da boa (sopa naqueles copinhos da Avent, que eles bebem de palhinha - podem adoptar a ideia, sucesso garantido), prato, fruta, água, e depois do almoço eles dormem o sono dos justos na sombra, e o pai e eu gozamos o melhor momento do dia - a melhor hora da praia (não me venham com tretas, a praia é boa é na hora do almoço, pois com calor é que se está bem caso contrário íamos todos à praia em Janeiro), com a mesma vazia (não há muita gente a essa hora), com calor para ir à água com gozo, com tempo para ler e estar estendido na toalha (coisa que com eles acordados não acontece NUNCA), ou mesmo dormir uma sesta ao pé deles.
Adoro.
Eles, que são mais morenos do que eu, mas ainda assim brancos, saem da praia como se nunca estivessem lá estado, sem marca do fato de banho, sem estarem sequer rosadinhos, o que me faz acreditar que não lhes estamos a fazer mal nenhum.

Não se pode fugir ao que se é.
Eu juro que tentei ser a pessoa que faz a praia saudável, que leva os meninos a banhos as 9h da manhã e só regressa as 6 da tarde, mas não vale a pena contrariar a nossa natureza.
Já em criança nós íamos o dia todo, com as geleiras gigantes a transbordar de comida, mais o guarda-sol, raquetes, e pranchas de windsurf e éramos quase sempre os últimos a sair da praia. Na adolescencia, com os mesmos amigos de hoje,  muitas vezes saímos da praia com as pessoas já a dar o seu passeio de depois do jantar.
Agora, eu juro que tentei, mas não consigo mesmo fugir ao que sou: já cheguei à praia de manhã e saí de noite com os dois já jantados, prontos para sacudir a areia dos pés e meter na cama directamente.

Os filhos revolucionam a nossa vida, mas ele há coisas que nem eles conseguem mudar.

4 comentários:

P. disse...

É assim mesmo! Vou seguir! E aguentá-los esse tempo todo à sombra?? O nosso F. dorme muito bem na praia e são momentos unicos, mas acordado e sem ser a almoçar/lanchar, parado é que não está...

O melhor é o tipico grupo de volei que acerta em toda a gente e nunca gostamos, agora gosto, o F. ficou 1h15 a olhar para o jogo paradinho.

Queremos é volei, malta! Levem as bolas para a praia!

Mary QA disse...

Eu levo 2 chapeus de sol, sempre. E sabes que sendo 2 crianças brincam os dois (e lutam, e berram e puxam cabelos) mais facilmente. Mas a mais nova, com um balde com água, uma pá e uma embalagem de iogurte vazia aguenta-se bem na sombra.
Claro que o F. é mais ver jogos da bola. Já o estou a ver daqui a uns anos a seguir atentamente a emissão da RTP2 ao domingo à tarde!

Mãe das Marias disse...

Como eu te entendo, eu sou assim sem tirar nem por! Mas este ano, com a Matilde com 5 meses estou mesmo proibida de pôr os pés na praia, mas para o ano, vingo-me!

Bjs

Mary QA disse...

No ano passado fui muitas vezes a praia com a minha com 3-4 meses, mas ficava na esplanada a maior parte do tempo, enquanto o mais velho ia à praia com os avós e/ou o pai. De vez em quando trocavamos para eu dar um mergulho. Foi do melhor! Ela era toda calminha, ficava no ovo e eu a ler na esplanada. Bons tempos...